Red Bull põe em xeque asa dianteira de rivais, mas já estuda seguir mesmo caminho em 2024 | Notícia de Fórmula 1 … – Grande Prêmio
Longe do acachapante domínio visto na última temporada da Fórmula 1, a Red Bull tem posto em xeque nos bastidores a legalidade das asas dianteiras usadas atualmente pelas principais rivais, Ferrari, McLaren e Mercedes. Só que o time de Milton Keynes já admite que será preciso tomar o mesmo caminho caso a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) continue tolerando o que eles acreditam ser uma flexibilidade além do permitido.
A informação é da revista alemã Auto Motor und Sport de segunda-feira (17). As asas dianteiras, na verdade, costumam sofrer uma deformidade por conta da carga aerodinâmica, que exerce uma força de 60 Newtons (6 kg) sobre elas, só que essa variação não pode ultrapassar 3mm. Os carros, inclusive, passam por testes da FIA para medir tal flexibilidade.
A suspeita da Red Bull é que as recentes atualizações feitas pelas adversárias tornaram a frente mais flexível que o permitido, o que auxilia no melhor direcionamento do fluxo de ar. A estimativa, aliás, é que a peça hoje exerça mais diferença na performance do carro do que o assoalho, que sempre foi o grande trunfo dos taurinos com o retorno do efeito-solo.
Ano passado, já houve muita discussão em torno das asas dianteiras, tanto que, em agosto, a FIA colocou em vigor antes do GP de Singapura uma diretiva para impedir a maleabilidade das peças. Na ocasião, a entidade solicitou às equipes os projetos das asas dianteiras e traseiras para verificar se todos os modelos estavam de acordo com o regulamento e barrou recursos que pudessem movimentar ou rotacionar em relação à estrutura de fixação.
Uma das esquadras que precisou rever o desenho foi a Aston Martin, uma vez que a asa dianteira não estava fixada ao bico com rigidez suficiente. Coincidentemente, os carros perderam considerável velocidade, e muitos atribuíram a queda à diretiva.
A Red Bull, inclusive, foi atrás da equipe de Silverstone em busca de apoio para protestar contra Ferrari e McLaren, informou a AmuS, só que o time chefiado por Mike Krack tem trabalhado em busca de solução semelhante. A Mercedes foi outra que aderiu ao famoso ditado ‘se não pode vencê-los, junte-se a eles’ e também optou por incrementar a frente do W15 em vez de reclamar.
Os alemães mexeram na asa dianteira para o GP de Mônaco em busca de mais equilíbrio, sobretudo em curvas de baixa velocidade, porém foi no Canadá que o time mostrou progresso significativo. A deformidade da peça faz com que a pressão de contato seja reduzida na frente, influenciando na direção do fluxo para a parte de trás do carro.
“Às vezes, quando você traz uma parte altamente visível, como a carroceria ou a asa dianteira, é o que de fato muda o desempenho. Mas a verdade é que, nas últimas três corridas, trouxemos tantas peças novas, visíveis e invisíveis à vista, que contribuíram para mais desempenho. Acho que é aqui que esses ganhos marginais têm esse efeito positivo. Isso foi apenas um enorme esforço da fábrica, então acho que começamos a melhorar de fato”, disse o chefe da Mercedes, Toto Wolff, logo após o pódio de George Russell em Montreal.
Sem saída, uma fonte da Red Bull contou à publicação alemã que os austríacos terão de se render ao artifício em breve. “Se isso continuar sendo tolerado, teremos de seguir o mesmo caminho”, afirmou.
A Fórmula 1 volta entre os dias 21 e 23 de junho, em Barcelona, com o GP da Espanha, décima etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento, assim como de todas as provas do ano.
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