Ministro da Economia diz que avanços e reformas são irreversíveis – GOV.BR
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POLÍTICA ECONÔMICA
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Brasil já está no caminho da prosperidade e que as reformas e avanços econômicos dos últimos anos são irreversíveis. “Qualquer recuo, em qualquer direção, é um erro”, disse o ministro durante a abertura do evento em comemoração aos 30 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE), realizado nesta sexta-feira (18/11), em Brasília.
“Este governo é um exemplo de consistência entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social”, pontuou o ministro, lembrando que a atual gestão triplicou o gasto como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) com programas sociais – a exemplo do Auxílio Brasil – sem se descuidar das contas públicas, que caminham para o primeiro superávit primário desde 2013. E complementou: “Teoria econômica aplicada funciona. Colocamos o Brasil no caminho da prosperidade. Comparado ao período anterior, no qual não houve Covid e guerra geopolítica, o desempenho da economia foi melhor conosco do que antes”.
Guedes reforçou o duplo compromisso, assumido desde a eclosão da pandemia, de não faltarem recursos para o social, sem descuidar das contas públicas, o que se traduz em endividamento estável em proporção ao PIB, mesmo após os gastos na luta contra a Covid. “Somos uma geração que pagou pela guerra, sem deixar dívidas para nossos filhos e netos”, declarou.
O ministro também ressaltou a mudança de gestão das empresas estatais, que saíram de um prejuízo consolidado de R$ 35 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 188 bilhões em 2021. Segundo ele, são mais de R$ 220 bilhões – equivalente à diferença entre lucros e prejuízos – que são da população brasileira, como resultado da boa gestão das estatais.
Narrativas políticas
Guedes fez sua exposição depois de acompanhar as apresentações do chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos, Rogério Boueri; do atual ministro de Minas e Energia e ex-secretário da SPE, Adolfo Sachsida; e do secretário de Política Econômica, Pedro Calhman. Para o ministro, as narrativas políticas não são compatíveis com os fatos econômicos.
Veja as apresentações realizadas no evento SPE, 30 anos.
Tanto Boueri quanto Sachsida, que já foi secretário de Política Econômica, trouxeram dados mostrando o bom desempenho econômico do país no lado fiscal, a firme retomada econômica após a pandemia, o número recorde de 100 milhões de brasileiros ocupados e a maior inserção do país na economia internacional.
O chefe da Assessoria Especial de Estudos Econômicos encerrou sua fala apresentando os números do Banco Mundial que indicam que a extrema pobreza caiu para o menor patamar da série histórica em 2020. “O Brasil, com responsabilidade fiscal, conseguiu reduzir o contingente de pessoas abaixo da linha de pobreza em 2020. Esse número, com o pagamento do Auxílio Brasil, não vai voltar a subir. Responsabilidade fiscal não é incompatível com o desenvolvimento social do país, muito pelo contrário; o que pode comprometer o desenvolvimento social do país é nós perdermos o rumo na política fiscal e descarrilhar a economia brasileira”, comentou.
Indicadores econômicos
Adolfo Sachsida fez uma apresentação comparando as diversas previsões e notícias sobre os indicadores econômicos com os dados efetivamente obtidos – entre elas, as projeções de que a relação dívida/PIB passaria de 100% e a projeção da relação encerrando o ano, por volta dos 75%. Outra comparação apontada diz respeito ao crescimento da economia. Agora em 2022, por exemplo, as expectativas do mercado sugeriram crescimento de apenas 0,3% no começo do ano. Agora, já estão em 2,77%.
Segundo Sachsida, a atual gestão deixa um país com as contas públicas em ordem e importantes reformas micro e macroeconômicas aprovadas, o que aumenta o investimento privado, a produtividade e o emprego. “Estamos entregando um país arrumado, pronto para crescer 3% no ano que vem. Basta uma equipe econômica de qualidade e um governo sério que o crescimento virá”, pontuou o ministro de Minas e Energia.
Agradecimentos
O secretário Pedro Calhman destacou a importância do trabalho da SPE e fez um agradecimento aos integrantes da equipe. Segundo ele, a atuação da Secretaria apoia o trabalho de compor a narrativa da política econômica, “que é essencial para que a sociedade consiga entender a direção e a estratégia da política”. Calhman enfatizou: “As ideias da SPE à sociedade são possíveis somente graças ao trabalho e à dedicação de todos os colaboradores, tanto os atuais quanto os que integraram e ajudaram a construir a Secretaria ao longo destes 30 anos de história”.
Paulo Guedes também aproveitou a oportunidade para agradecer a toda sua equipe pelo trabalho, pela luta e pelos avanços conquistados em todas as dimensões. “Tenho muito orgulho do time e do que nós fizemos”, concluiu.
