F1 de 1971 teve carro movido a turbina de avião e bicampeonato de Stewart – Autoesporte
Por Douglas Mendonça e Lucca Mendonça
A temporada da Fórmula 1 do início dos anos 70 foi tumultuada em todos os aspectos. Para começar, Emerson Fittipaldi teve um ano difícil em 1971, logo depois da sua primeira vitória no GP da Itália de 1970. O brasileiro revezou a pilotagem do Lotus 72 e com um modelo criado pelo engenheiro aeronáutico Collin Chapman, que utilizava como propulsor nada menos que uma turbina de aviões.
Ela era movida a gás, sem contar a ousadia da tração integral do carro. Claro, um modelo experimental de alto nível, chamado de 56B e inicialmente pensado para as 500 Milhas de Indianápolis, que acabou não se dando bem na F1 e nem na Indy.
Com pouco tempo de aprimoramento, o Lotus 56B, o tal movido a turbina, não deixou tempo hábil para total desempenho. Mostrava-se bom mesmo nas corridas debaixo de chuva, não pela turbina, mas sim pelas quatro rodas tracionando juntas.
Em contrapartida, quando a pista secava, o Lotus maluco de Chapman saía das primeiras posições e caía lá para o final do grid. Por essas e outras, nosso Fittipaldi, no meio dessas experiências, não colheu bons frutos, tendo que se contentar com posições inferiores no final do campeonato.
O motor DFV, usado pelo outro carro da equipe, continuava na preferência da grande maioria dos times, dado o sucesso da fórmula com baixo peso, dimensões compactas, robustez e alta potência específica, tudo que um F1 deseja. Não à toa, foi o motor campeão da temporada, equipando o Tyrrell 003 pilotado pelo escocês Jackie Stewart, que garantiu seu segundo título.
Ken Tyrrell, chefe da equipe campeã de 1971, criou em segredo seu próprio chassi e mostrou que tinha competência. Em todas as configurações, o projeto de Tyrrell mostrou-se competitivo. De tão bem acertado, levou vitória em sete das onze etapas daquela temporada de 1971, das quais seis foram com Jackie Stewart ao volante. É o que se chama na Fórmula 1 de “supremacia”.
Fórmula 1 de 1971
Outra que vinha com força era a Ferrari, como de costume. Pensado e desenvolvido pelo competente projetista Mauro Forghieri, o 312 tinha pretensão de ser o melhor carro da temporada, e sem dúvida estava no topo desse ranking.
Mas a Ferrari havia sofrido um grande impacto logo no início da temporada, quando perdeu em um grave acidente na categoria Sport Protótipos, na Argentina, seu recém-contratado piloto Ignazio Giunti. Essa perda fez com que a moral da equipe caísse muito, pois contavam com o talento do jovem Giunti, e isso, é claro, influenciou decisivamente nos resultados finais da temporada de 1971.
E, no vice-campeonato, logo depois da Ferrari, a BRM contava com um enorme time de pilotos (oito no total), os quais se revezavam em dois diferentes modelos durante toda a temporada. A equipe ainda teve a perda do mexicano Pedro Rodríguez, que se acidentou no meio da temporada, em uma prova fora da F1 na Alemanha, a bordo de um Ford GT40.
Claro que com todas essas possibilidades de carros e pilotos, a equipe britânica conseguiu se sair melhor do que o esperado em 1971, passando a Ferrari em alguns poucos pontos.
É interessante ressaltar que o Helmut Marko, chefão austríaco da atual líder da categoria Red Bull Racing, era um dos pilotos que corria com a BRM em 1971.
Na próxima semana, não perca a história do campeonato de 1972, o primeiro vencido por um brasileiro!
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