Entre plantas e vilões: como participantes de reality shows são … – CNN Brasil

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Produtora de casting Fernanda Carreira acredita que as produções são um divisor de água na vida das pessoas e dá dicas de como se destacar na seleção
Isabela Gadelhada CNN Brasil Soft

Já se perguntou como são escolhidos os participantes de reality shows? O mês de janeiro é sempre marcado pelo burburinho da lista oficial de participantes do Big Brother Brasil – seja do time pipoca, que são os “anônimos”, ou o time camarote, que tem rostos conhecidos pelo público.
A concorrência para participar de reality shows é enorme, já que o número de seguidores do elenco costuma explodir. Seja em programas de gastronomia, relacionamentos ou lifestyle, a experiência pode render mais dinheiro na conta com as famosas “publis”, contratos com marcas e outras oportunidades batendo na porta.
É por isso que, em entrevista exclusiva à CNN, a produtora de casting Fernanda Carreira  recomendou a experiência para quem tem esse sonho. Com 12 anos de carreira no audiovisual, programas como “Brincando com Fogo”, “The Circle” e “Rio Shore” fazem parte do currículo da jornalista.
“É uma experiência realmente divisora de águas”, afirma. “Se eu fosse mais jovem e não trabalhasse com isso, também tentaria passar por essa experiência. Então eu digo para as pessoas que têm esse sonho para se jogarem mesmo, sabe?”.
Procuram-se participantes 
À CNN, Fernanda Carreira conta que as redes sociais são o principal local em que produtores de casting procuram possíveis candidatos, então a dica é investir na criação de conteúdo para ser notado.
“Você vê o Instagram, os stories, e vai tendo uma ideia de como é a personalidade delas. Óbvio que é preciso aprofundar. Esse é só um primeiro momento, como se fosse uma primeira seleção”, explica.
Depois o candidato passa por várias etapas, como questionário e entrevistas. Uma dica crucial é não demorar para enviar o material e ter cuidado com o conteúdo: “Eu vejo muita gente que diz para mim que quer entrar em um reality, mas quando você vê o material da pessoa, o vídeo foi gravado no meio da feira ou dentro de um shopping, com muita gente falando, câmera tremendo, de qualquer jeito”, diz.
Carreira diz que não é preciso ser um mestre da edição, mas é necessário ter cuidados como procurar um local iluminado, não deixar a imagem tremida e “vender” a sua personalidade da melhor forma. Ela garante que, em 15 segundos de vídeo, já costuma saber se o candidato é incrível ou não.
Na hora do questionário, também vale evitar respostas com apenas “sim” ou “não”. Responda de forma completa, coloque fotos legais, e, o mais importante: seja você!
Não crie um personagem 
Carreira contou que, por mais que produtores tenham o olhar treinado e criterioso, há quem se venda de uma forma na seleção e no reality mostre outra personalidade.
É assim que nascem as famosas “plantas”, por exemplo. O termo é usado para candidatos que o público até esquece que estão no programa por não gerar entretenimento. Personalidade inventada não dura 24 horas por dia em confinamento.
“Não adianta querer entrar no BBB dizendo ser o cara mais engraçado, chegar lá, ser um péssimo candidato e sair nas primeiras semanas. Você perdeu a oportunidade dos seus sonhos porque se vendeu como algo que não é”, afirma.
Cuidado com o golpe 
Quando o assunto é o sonho das pessoas, há golpistas que se aproveitam. Você pode receber uma DM com um convite para participar da seleção, mas é importante checar se, de fato, aquele produtor é quem diz ser.
“Todo ano há casos de golpe, de alguém pedindo R$ 20 mil. Desconfie se um produtor de elenco pedir dinheiro. Nunca, em hipótese alguma, um programa cobra para você participar de uma seletiva”, alerta Fernanda.
Outras formas de verificar a identidade do profissional são: procurando o perfil dele no LinkedIn; perguntando que outros programas ele trabalhou e checando se o nome aparece nos créditos finais; e entrando em contato com o canal ou produtora do reality show para confirmar que o casting é real.
Devo sair do meu emprego? 
Muitos participantes de reality shows decidem largar a profissão para tentar a chance no mundo da TV e do streaming. Carreira acredita que isso seja uma decisão pessoal que precisa ser pensada bem antes, já que tudo tem o seu preço.
Vale lembrar que reality shows remuneram os participantes e costumam ter prêmios milionários para o grande vencedor.
“Você confia no seu potencial, é o seu sonho, mas e se largar o trabalho e for eliminada na primeira semana?”, questiona. “São os pesos. Por isso quando são realities que duram duas, três semanas de confinamento e gravação, eu sempre aconselho tentar negociar com o trabalho. Assim, se não der nada certo, a pessoa tem pra onde voltar”.
A saúde mental tá como?  
Nos reality shows em que os participantes estão confinados, há sempre psicólogos disponíveis. Durante o processo seletivo, algumas produções também fazem etapas psicológicas.
“Já vi pessoas que não foram adiante porque, em uma dessas etapas, mostraram dificuldade em ficar no confinamento, de estar afastado da família ou por algum gatilho”, conta a produtora.
Empatia com os vilões  
Em reality shows acontecem situações que parecerem mentira por serem tão inusitadas, mas Carreira garante que não há armação por trás, é tudo real.
“O público esquece que somos seres humanos e que, na maioria das vezes, a pessoa está numa situação na qual não tem acesso à família, aos amigos. Está vivendo aquilo de forma intensa, trancada em um lugar com pessoas que não conhece”.
O maior erro da profissão  
Segundo Carreira, o maior erro que um produtor de casting pode cometer é dar palco para alguém com opiniões discriminatórias.
“Tem como identificar durante a seletiva. Pensando no mundo que a gente vive, deixar passar e amplificar esse tipo de pensamento, de voz, eu considero um erro não só do produtor de casting, mas da produção inteira.”
Segundo Carreira, a diversidade sempre foi um norte para ela desde que começou a trabalhar com casting. É preciso buscar pessoas fora do eixo São Paulo – Rio de Janeiro, de diferentes regiões, classes sociais e que não sejam o estereótipo branco e sarado.
“É muito mais gratificante assistir quando tem essa troca de mundos e de experiências porque os temas que são trazidos são muito mais ricos”, afirmou em entrevista à CNN.
É por isso que, segundo a produtora, reality shows não são superficiais como as pessoas costumam criticar, justamente por gerarem debates importantes.
“Quantas vezes a gente viu em algum reality show um debate que começou por uma questão racial, ou por uma questão religiosa, e que os jornais e a mídia começaram a debater a respeito daquilo? Quanto mais diversidade a gente traz, isso efetivamente vai acontecer”, defende.
Em busca da fama 
“Hoje em dia os artistas da TV são os participantes de reality shows. Então, se você quer muito ser isso, não desista, tente sempre até o final”, aconselha Fernanda Carreira.
Quer uma dica? A produtora costuma publicar oportunidades no Instagram profissional:
Uma publicação compartilhada por Fernanda Carreira (@fernandaprocura)

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