Eles transformaram a floricultura da família em um negócio que fatura R$ 20 milhões – Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Influenciados pelos pais, Bruno Watanabe e seu irmão, Adriano Watanabe, tiveram contato com o varejo desde jovens. Nos anos 90, sua família vendia flores e chegou a administrar 10 lojas. No entanto, eles acreditavam que o negócio de floricultura deveria evoluir para continuar relevante no mercado. Buscando expandir para novos nichos, criaram o Grupo Vertical Garden. A holding é especializada em paisagismo e jardins verticais e também passou gerir e acelerar greentechs – como são chamadas as startups com foco em sustentabilidade. Em 2021, o faturamento foi de R$ 20 milhões.
Bruno Watanabe e Adriano Watanabe: irmãos são fundadores da Vertical Garden (Foto: Divulgação)
Vindo de uma família com descendência oriental, Bruno Watanabe conta que seus pais já trabalhavam com plantas havia mais de 30 anos. “Meus pais sempre me influenciaram nesta questão de ser um empreendedor, ter meu próprio negócio. Eles chegaram a ter mais de 10 lojas em São Paulo. O modelo de negócio era comprar imóveis e abrir lojas para vender flores e plantas em lugares estratégicos”, relembra o empreendedor.
Com 14 anos de idade, ele já gerenciava um dos estabelecimentos da família. Na época, toda a operação era física. “Após me formar em marketing, eu percebi que os mercados eram cíclicos, os produtos e as formas como as pessoas consomem mudavam. Com essa percepção, eu contratei uma consultoria para analisar o que aconteceria com o mercado de floricultura”, conta Watanabe. Diante da análise feita pela empresa, ele tentou convencer os pais a mudarem o formato do negócio, mas não obteve sucesso.
Para solucionar o entrave, os pais de Watanabe deram aos filhos uma loja e capital de giro, que correspondia a um mês de faturamento. “Eles deram a loja que eu já gerenciava com ele. Passamos a ser donos. Era uma loja que faturava R$ 20 mil por mês”, diz Watanabe.
Em 2014, ele e o irmão fizeram imersões internacionais para saber como pivotar o negócio. Os dois alternaram as viagens, para que um mantivesse a operação da loja enquanto o outro estava fora. “Meu irmão foi para Europa estudar sobre os jardins verticais e eu fui para China. Lá procurei entender de materiais, novos produtos e formas de escalar negócios”, afirma o empreendedor. Depois da experiência, os dois decidiram apostar na tecnologia dos jardins verticais. O objetivo era sair do modelo B2C e aumentar o tíquete médio.
No mesmo ano, criaram a marca Vertical Garden. Com o novo modelo totalmente digital, a empresa passou a focar no B2B. “Hoje é nosso grande diferencial, nós somos especialistas em falar com outras empresas. Normalmente, no nosso mercado, as empresas são híbridas, atendendo pessoas jurídicas e físicas”, diz ele. O público-alvo são escritórios de arquitetura, construtoras e companhias de médio e grande porte.
Estação Vila Olímpia, projeto de paisagismo feito pela Vertical Garden (Foto: Divulgação )
Segundo Watanabe, foram mais de 4,5 mil projetos executados em paisagismo full service – que inclui serviços como revestimento de fachada, arborização e gestão de paisagismo. A empresa acompanha o processo de implantação até a manutenção do projeto. O tíquete médio é de R$ 100 mil reais.
De olho em novos mercados, em 2021, a marca passou a ser uma holding, investindo em diversos mercados ligados à sustentabilidade. “Começamos a procurar empresas que trazem uma carga de inovação para nós e a investir nesses novos empreendedores. Também fazemos aquisições”, relata Watanabe. Entre os negócios do portfólio estão empresas voltadas à conservação, adubação e hidrossemeadura.
Atualmente, o grupo tem 200 colaboradores, contando com uma equipe de projetos formada por arquitetos e engenheiros. Ano passado, a empresa faturou R$ 20 milhões. Em 2022, a expectativa é chegar a R$ 45 milhões. Para o futuro, está no radar captar investimento com um fundo internacional e continuar realizando aquisições.
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