Ministro da Educação provoca reitores "ditos de esquerda" no Twitter – Metrópoles
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atualizado
Após anunciar o corte de 30% no orçamento de universidades por promoverem “balbúrdias” e não apresentarem bom desempenho, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, provocou reitores “ditos de esquerda” ao se posicionar nas redes sociais na manhã desta quarta-feira (1º/05/2019).
Em conta oficial no Twitter, o titular do MEC disparou: “Para quem conhece universidades federais, perguntar sobre tolerância ou pluralidade aos reitores (ditos) de esquerda faz tanto sentido quanto pedir sugestões sobre doces a diabéticos”.
O responsável pela pasta da Educação está em evidência desde o anúncio de que cortaria verba de quase 60 instituições de ensino superior por questões ideológicas – entre elas, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Polêmica
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo nesta semana, Weintraub apontou que universidades têm permitido a realização de eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário dentro dos campi.
“A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo. Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”, frisou o ministro.
Na noite dessa terça-feira (30/04/2019), o Ministério da Educação informou, no entanto, que o bloqueio de recursos para as instituições poderá ser revisto tanto pelo Ministério da Economia como pela Casa Civil se a reforma da Previdência for aprovada no Congresso.
Outra condição para evitar o corte nos recursos seria a confirmação das previsões de melhoria do cenário econômico no segundo semestre.
Para quem conhece Universidades Federais, perguntar sobre tolerância ou pluralidade aos reitores (ditos) de esquerda faz tanto sentido quanto pedir sugestões sobre doces a diabéticos.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) 1 de maio de 2019
1 universitário = 10 alunos em creche
Também na noite de terça, o ministro publicou vídeo no qual questionou se os contribuintes preferem que o dinheiro dos impostos seja gasto com alunos de graduação ou de creches.
Para cada aluno de graduação que eu coloco na faculdade, eu poderia trazer dez crianças para uma creche. Crianças que geralmente são mais humildes, mais pobres, mais carentes, e que, hoje, não têm creches para elas. O que você faria no meu lugar?
Assista:
Nosso plano de governo prevê a educação básica como prioridade e é isto que vamos seguir. Mais creches e mais crianças alfabetizadas. pic.twitter.com/Ze5mi3EyND
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) 30 de abril de 2019
Weintraub compara o custo de um aluno de graduação (R$ 30 mil anuais, segundo ele) com o de uma vaga em creche (R$ 3 mil). Ele não explica no vídeo se os dados são uma média ou se referem a instituições específicas.
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